FernandaTavares

PSICANALISTA E PSICÓLOGA

bem-vindo(a)!

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PSICANALISTA | PSICÓLOGA | MESTRA EM PSICOLOGIA | SUPERVISORA CLÍNICA

Conheça melhor o meu trabalho

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Sai um paciente. Entra outro.

No dia a dia da clínica os intervalos são ​poucos e curtos.

Uma cena aqui. Outra ali (cena inconsciente).

Quanto ao cenário externo - o setting - esse é ​o mesmo.

Já o cenário interno é mutante a cada ​instante.


A analista corre entre um atendimento e outro ​para arrumar o setting. Deixá-lo confortável e ​organizado. Anota algo no prontuário. ​Responde algumas mensagens atrasadas. ​Respira. Um gole de água e outro de café.


O analisando entra.


Algo de novo se inicia.

Um tanto quanto de novidade, coisa inédita.

Um tanto quanto de repetição, coisa antiga.

Um tanto quanto de invenção, coisa ​deslizante.

Daquelas coisas bonitas que ora deslizam, ora ​patinam em meio às cenas do cotidiano e do ​inconsciente.

Um tanto quanto de Coisa - A coisa.

Haja coisa, haja intervalo, haja deslizamentos.


Fazer clínica é uma coisa bonita demais. ​Bonita de um jeito singelo.


Parece fazer poesia com versos diferentes e ​cheios de rimas inéditas, mas no mesmo bom ​e velho caderno antigo com cheirinho de ​guardado.”

-FernandaTavares

formação

• Psicanalista;


• Psicóloga (Universidade Federal de Uberlândia - UFU);


• Supervisora clínica;


• Mentora e consultora de carreira na clínica;


• Mestra em Psicologia (UFU) na linha de pesquisa: Psicanálise e Cultura;


• Formação complementar realizada na França e Bélgica;


• Formação continuada em Psicanálise há mais de 15 anos;


• Palestrante, professora e coordenadora de atividades e cursos em Psicanálise e Saúde Mental.

no brasil

• Na graduação atuei em estágios com dependência química; crianças com queixa escolar; atendimentos clínicos ​conjuntos - criança e família; atendimentos clínicos individuais; vivências com arte na psiquiatria e na clínica ​escola;


Iniciei minha formação em Psicanálise ainda na graduação e nunca parei;


Transito por vários espaços de trocas, construções e aprendizado;


O tema do meu mestrado foi: “A parentalização dos avós”.

no exterior

Formação realizada ao longo dos anos 2016 e 2017 nas seguintes instituições:

• ALI - Association Lacanienne Internacionale (Paris - França): intervenção precoce e identificação de sinais de ​risco de autismo em bebês; capacitação PREAUT; atendimento conjunto família e bebê;


Courtil (Leers-Nord - Bélgica): estágio intensivo com crianças, adolescentes e jovens adultos com transtornos ​mentais graves, autismo ou psicose (casos graves);


Collège de France (Paris - França): palestras e aulas abertas.

atuação

* Atuo na clínica desde que me formei.


* Atendo bebês, crianças, adolescentes, adultos e idosos.


* Realizo atendimentos familiares e conjuntos, quando há necessidade.


* Tenho capacitação PREAUT (nacional e internacional) para identificação de sinais de risco de autismo.


* Também atuo como supervisora clínica há 8 anos.


* Atuo como consultora e mentora de carreira na clínica.


* Ministro palestras, conferências, minicursos e cursos nos temas de Psicanálise, Psicologia, Saúde Mental e afins.


* Coordeno e ministro aulas, seminários e grupos de estudos para profissionais em formação em Psicanálise.


* Já trabalhei como Psicóloga Escolar, como Psicóloga da Saúde no SUS (CAPS infância e adolescência) e como ​professora em Pós-graduações.

mentoria e consultoria

Estamos já bem carecas de saber que é caminhando que se faz o caminho né?


É preciso tomar a decisão de seguir adiante e bancá-la. A escolha do caminho, da rota, os planos sobre pontos e ​horários de saída e previsões sobre a possível chegada são importantes para dar algum formato ao trajeto.


Tudo isso, de algum modo, é organizador e norteador. Funciona quase como uma âncora, dando lugar e situando ​os pontos de cada trecho do percurso. E mais, possibilitam que os sonhos sobre o destino existam e resistam.


Haja sonho, planos e (re)cálculos de rotas para programar um trajeto.


No entanto, nada disso garante nada. Não há garantia alguma de que chegaremos ao destino. Nunca houve e ​nunca haverá.


Na maioria das vezes, inclusive, os planos são atravessados por circunstâncias que exigem replanejamentos.


E no melhor dos cenários esse é o resumo da vida: calcular trajetos, sonhar com destinos, se ancorar nos planos, ​mas necessariamente, em algum momento, precisar revê-los e recalculá-los.


Isso quer dizer que não existem caminhos prontos e garantidos.


Por isso, sinto muito em te dizer, mas você não vai encontrar uma fórmula mágica vendida para centenas ou ​milhares de pessoas (diversas) na internet que te forneça um caminho sem intempéries e um destino ​absolutamente garantido.


Se você pensa que encontrou isso em algum lugar, sinto muito novamente, mas você está enganado. Isto é, você ​se enganou e se deixou ser enganado!


Custa caro e, de algum modo, pagamos com um naco de carne - carne nossa, de nossa existência -, o preço de ​calcular e recalcular nossas rotas conforme as nossas próprias necessidades (só nossas!), constatando que a rota ​do outro não nos serve, tampouco nos cabe.


Agora sobre construir o próprio caminho, rever seus planos, organizar os seus destinos e calculá-los de modo ​articulado ao seu desejo e suas possibilidades, isso é outra coisa.


No entanto, isso é trabalhoso. Envolve sobretudo você! E não, não há conteúdo pronto universal que te sirva ou ​que te garanta algo.


Então se você estiver disposto a trabalhar para entender seus caminhos, rotas e planos, conte comigo. Estou por ​aqui pra planejarmos e atravessarmos juntos.


Haja trabalho, invenção e desejo!

sobre mim

CRP O4/4O.569

quem sou eu na fila do pão?


Capturada pela palavra e seus múltiplos sentidos, encantada pelos modos de dizer e escrever um texto (sabendo que a ​vida é também um texto a ser escrito letra por letra), e apaixonada por ouvir mansidões e tumultos sentimentais com ​cautela, ética, delicadeza e poesia, sigo inventando meu lugar no mundo e na clínica.


Cada pessoa que escuto em meu consultório eu escuto, para além da tragédia e da comédia que perpassam suas ​existências, escuto a poesia em cada um de seus modos de existir, a melodia rítmica de seus atravessamentos, o ​compasso de seus desejos, os arranjos e desarranjos de suas dores e feridas.


Ao fim do dia eu sempre tenho a sensação que foi poético o meu fazer analítico e cada sessão me provoca suspiros e ​elaborações diversas.


Me chamo Fernanda Tavares, sou psicanalista com graduação e mestrado em Psicologia pela Universidade Federal de ​Uberlândia.


Meu encontro com a psicanálise se deu através do curso de psicologia e de minha própria análise.


Mas penso que antes da psicanálise me esbarrei com a poesia e ali me encantei por coisinhas tão pequenas que pareciam ​até não fazer sentido, nem ter importância alguma. Me fascinei pelas palavras, por seus avessos e tropeços, pelas rimas e ​prosas, letras e melodias verbais, pelas in-significâncias...


E foi assim que fui fisgada por algo que não sabia nomear o que era, algo indizível. E essa coisa indizível me fazia insistir ​em estar sempre por ali, as voltas com a Psicanálise, com as coisas que não sabia nomear tampouco entender.


Ainda insisto nIsso. Por um lado, encantada com as palavras, por outro com o que a palavra não alcança. Sempre ​interessada em coisas que parecem pequenas e sem sentido, ou in-significantes...


Penso, portanto, que minha formação em psicanálise se iniciou antes mesmo de eu me tornar psicóloga, ao me deparar ​com meu próprio inconsciente em minha análise e, também, em meu enamoramento pelo indizível e sem sentido que me ​atravessava através da arte.


Depois disso os espaços de formação foram e são vários e intermináveis. Sigo me construindo e me formando a cada dia.


Levo muito a sério minha análise e meu cuidado com minha própria saúde mental, levo muito a sério minha formação ​continuada, meus estudos constantes, minha ética profissional em cada construção clínica, minhas interrogações e ​reinvenções...


Muito prazer! Isso aqui é uma tentativa de dizer um pouquinho do meu percurso, embora nem tudo caiba em palavras.

Caution signs. Symbols danger and warning sign

atenção

ALERTINHA BÁSICO, MAS MUITO SÉRIO...

Cuidado com as ciladas e promessas milagrosas da Internet!


Trilhar o próprio caminho é trabalhoso e envolve olhar para as suas particularidades e dificuldades, para somente ​assim, poder encontrar um modo seu de atravessá-las.


O caminho do outro pode ser muito sedutor, e geralmente é (a tal história da grama do vizinho ser sempre mais ​verde!). Mas não há como se fazer caber na forma e no molde do outro... isso simplesmente não é possível. Sorry!


Trilhar o próprio caminho envolve olhar para si, trabalhar suas próprias questões e encontrar modos de enfrentá-​las.


Sobre a fórmula mágica do sucesso em 30 dias vendido da Internet, você realmente acredita ou você só finge ​acreditar mesmo?


Afinal de contas, só se consegue qualquer coisa de "sucesso" (haja aspas!) - ou seja lá o que isso signifique pra ​você, através de muito trabalho e investimento. Trabalho e investimento psíquico inclusive! E muito!


Aqui você não encontrará nenhuma solução milagrosa de nada, nem fast food e tampouco encontrará a fórmula ​do sucesso.


Esse é um espaço ético. Um espaço de cuidado e acolhimento. Um espaço de construção. Das suas construções!


Se você se interessar por algo saiba que tudo aqui é uma proposta singular, cuidadosa e respeitosa que envolve ​tempo, investimento e depende sobretudo de você, do seu desejo e suas possibilidades.

Vamos juntos?

posts

a analista, a mãe e a falta

Dia desses me senti inútil demais. Já não sei se foi um dia desses mesmo ou se tem sido assim sempre.


Antes de ser mãe eu fazia tantas coisas. Várias atividades diferentes, muito trabalho, muitos estudos, reuniões, rotina ​planejada, exercício físico em dia e mesmo com a agenda super mega power lotada eu tinha até tempo pra hobbies.


Cabia muitas de mim naquela eu de antigamente. Ou pelo menos parece que era assim.


Hoje em dia, pode parecer controverso, e talvez seja mesmo, mas eu me sinto fazendo um milhão de coisas a mais do ​que antes ao mesmo tempo em que me sinto sem conseguir fazer nada de diferente.


Não consigo ter a mesma agenda, não consigo ter a mesma disciplina com a atividade física, não consigo ter a mesma ​disponibilidade para reuniões e atividades extras, não consigo assumir novos compromissos, tampouco resgatar alguns ​antigos.


Pareço impotente demais. Será que é mesmo impotência?


A analista consegue agora reaparecer aqui e se indagar: seria mesmo impotência ou se trata do desejo e daquilo pra ​onde ele aponta?


Algumas coisas de antes já não cabem mais. Um pouco não cabem porque não há mais espaço. Outro tanto não cabe, ​porque não tem mais cabimento, nem importância.


Faço escolhas!


Faço mil coisas por minuto enquanto apresento o mundo para meu filho, o ajudo a significá-lo, nomeio sentimentos, ​emoções e dores junto dele - tudo isso pela primeira vez. Descubro a miudeza delicada de cada encontro sonoro pela ​experimentação aguda de suas cordas vocais, apalpo junto dele o mundo inteiro através de pequenas mãozinhas ​curiosas, me encanto com cada cantinho da vida através de seus olhinhos arregalados.


Ah filho, quando penso em tudo isso, já me esqueço da impotência. Me sinto potente. Estou escolhendo viver, criar vida e ​parir diariamente novas primeiras experiências junto de você.


Minhas maratonas, treinos, planejamentos, reuniões e projetos extras agora são outros - estou investindo todo amor que ​tenho disponível para ver e fazer a vida se reinventar com suas experimentações inéditas.


Além de tudo isso, que é mesmo tão grande, eu faço o que sempre fiz. Escuto atenta e interessada a dor de existir que há ​no outro. Escuto singularidades diversas. Indago aos meus analisandos sobre seus desejos. Separo junto a cada um deles ​o que é impotência, desejo, impossibilidade e circunstâncias do real da vida.


Escutar o Outro agora é ainda mais poético e inédito do que era antes.


No final das contas, até que estou fazendo um bom trabalho. Em todos os sentidos. Mesmo em meio há tantas falhas e ​faltas. Afinal, vida e clínica conservam em si essa coisa tão linda e dolorida: somos todos faltantes, falíveis, embora (talvez ​justamente por isso mesmo) também inventivos. Se deparar com Isso e sustentar essa posição faltante é imprescindível ​para a clínica, para a vida, para a parentalidade.


Nem tudo é sobre impotência. Algumas coisas são o próprio desejo marcando presença.


Haja re-conhecimento das composições inventivas e faltosas que habitam cada modo de existir.

autismos, no plural

Ontem foi dia de falar sobre o autismo, um tema tão importante e necessário, num evento que aconteceu na Prefeitura ​Municipal de Uberlândia, cidade onde resido. Foi um evento aberto à comunidade, logo, com um público diverso (o que ​tem um grande peso do ponto de vista do debate social, político e comunitário).


Esse é um tema que me debruço há tempos, que é muitíssimo caro pra mim.


Meu modo de olhar para o autismo é um modo que caminha na contramão de protocolos que universalizam e mecanizam ​o contato com os sujeitos autistas.


Eu insisto em dizer: existem autismos, no plural. Cada sujeito autista que já encontrei, cuidei e acompanhei tinha e tem ​características únicas, modos de funcionamentos únicos, modos de entender o mundo e as relações absolutamente ​únicas.


Do mesmo modo que recebo qualquer um de meus pacientes olhando para suas histórias singulares, em seus contextos ​familiares e sociais, em suas formas de ser e estar no mundo; com os sujeitos autistas não é e jamais poderia ser ​diferente. Cada um é um!!!


Isso parece ser óbvio né? Mas, infelizmente não é. Se cada um de nós tem sua singularidade respeitada, por que com os ​autistas seria diferente? Por que com os autistas haveria de ter um só modo de 'resposta'? Chega a doer o coração ​pensar nisso.


Essas são questões que me faço constantemente. Penso que existe todo um contexto de uma lógica médico capitalista ​que insiste em fórmulas rápidas e prontas para-todos, padronizações sistemáticas da vida e até dos modos de sofrer (ou ​não - já que não há espaço para o sofrimento no Instagram way of life), e também um contexto no qual as expectativas, ​demandas, exigências sociais e narcísicas, inclusive de quem deveria cuidar e zelar, acabam atropelando e apagando o ​que há de mais singular na existência humana: a subjetividade de cada um.


Então eu penso que ontem foi um dia muito importante para esse debate. Um dia em que pude levantar a bandeira do ​respeito aos sujeitos autistas, defender a subjetividade e a singularidade humana e fazer resistência à qualquer modo de ​imposição, padronização e automatização das relações humanas e das subjetividades!


Que a saúde mental r-exista!

nota sobre o impossível

Era tão bom quando a gente pensava que era só a grama do vizinho que era mais verde né?


De repente, em nossa imaginação, a galinha do vizinho também tem os ovos mais gostosos, o pudim de leite do vizinho é ​mais doce, o jeito que o vizinho lida com os problemas é mais maduro, os filhos do vizinho são mais educados e não ​fazem birra, o trabalho do vizinho é mais leve e menos estressante, o salário do vizinho é bem melhor, a esposa do ​vizinho é mais feliz e tem menos rugas, o carro do vizinho nunca dá defeito, os amigos do vizinho são mais presentes, a ​festa do vizinho é mais animada, as viagens do vizinho são mais constantes e divertidas, o vizinho não é só o vizinho do ​lado, mas é também o da frente, o de trás, o prédio todo, a rua toda, o mundo inteiro.


E foi assim que o vizinho foi se transformando em um herói com poderes incríveis e que a vida do vizinho foi parecendo ​um conto de fadas, uma história com início, meio e final felizes onde tudo dá certo.


E foi assim que a gente foi se esmagando e se diminuindo ao criarmos quase-delírios fantasiosos de algo que não existe. ​Não mesmo. Nem aqui, nem na China, nem em Marte.


O outro parece ser tão grande, tão sem furo, sem falha, sem problemas.


E nós? - Seres errantes, mais furados que queijo suíço.


Pois bem, que a gente possa se inventar com a nossa falta, nossos furos, nossas falhas. Que a gente possa se lembrar (ao ​menos de vez em quando, rs) das nossas pequenas grandes vitórias diárias. E que aos poucos a gente consiga perceber o ​quanto esses vizinhos não moram em lugar nenhum, a não ser nas nossas próprias criações imaginárias. Não tem vizinho ​desse jeito, porque simplesmente não tem vida desse jeito! Eis aqui uma nota sobre o impossível: ninguém pode ou tem ​tudo. Essa coisa de querer ser e ter tudo é uma cilada impossível, chatíssima e desnecessária.


A vida está muito (MUITO) longe de ser um conto de fadas. A vida é uma invenção diária e eterna, sem receita alguma.


E aos pouquinhos, bem devagarinho, a gente descobre que a gente precisa do Outro pra se inventar, mas que a gente ​precisa também construir nosso próprio caminho.


Haja queijo suíço nessa Disneylândia!

Sobre a formação do Psicanalista

Um psicanalista não se faz com um diploma. Ponto. Disto sabemos.

Isso quer dizer que não há um papel emitido por alguém que possa garantir que há ali um psicanalista. Não se trata disso ​ser psicanalista: não se trata de um papel dado por alguém.


No entanto, como se dá a formação em psicanálise?


A resposta básica e rápida já é bem conhecida por todos: o famoso tripé - análise, formação teórica e supervisão clínica.


Mas vamos ponto à ponto.


Então, o que é necessário para se intitular psicanalista?


Análise. Ponto. Muita análise. Isto é, um percurso de encontros e desencontros com suas próprias questões, conflitos ​psíquicos e com o desvelamento trabalhoso de seu próprio inconsciente.

Não há como ouvir o outro sendo incapaz de ouvir a si mesmo.


Além disso, um psicanalista vai se construindo ao longo de uma trajetória muito séria e infindável de estudos. Passam por ​formações continuadas nas escolas, institutos e/ou grupos de estudos em psicanálise. Frequentam seminários, núcleos de ​investigações, congressos, palestras, eventos, participam de cartéis, etc. Dão testemunhos de seus estudos, suas ​inquietações e investigações, enfim, se interrogam e circulam em espaços de psicanálise e, aos poucos, são reconhecidos ​por seus pares, de modo que se autorizar como psicanalista é algo que parte do próprio sujeito, mas não sem que outros ​também o reconheçam como tal. Não vem do Outro, mas não é sem os outros. Não se trata de uma auto nomeação ​isolada e oportunista!


Por fim, sabemos que é muito sério escutar a dor de existir que há no outro. Ponto. Não se brinca com isso! A supervisão ​clínica também faz parte dessa construção da clínica. Interrogar sobre sua própria posição e sobre a posição daquele ​escuta, pensar na direção singular do trabalho de análise para cada sujeito, nos manejos possíveis, etc é algo que faz ​parte da formação do analista.


Portanto, como já nos alertava Clarice Lispector "que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de ​muito trabalho”.


Haja trabalho. Haja estudo. Haja ética. Haja investimento. Haja desejo. E, claro, haja análise!

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